Em entrevista a vários programas neste domingo, Hillary pressionou Mubarak para que garanta que as próximas eleições sejam livres e honestas e que cumpra suas promessas de reforma, mas insistiu que o Egito deve evitar um resultado como o do Irã, classificado por ela como uma "falsa democracia".
Hillary manteve a cautela do governo do presidente Barack Obama, que tenta evitar abandonar Mubarak --um aliado estratégico há 30 anos-- enquanto apoia os manifestantes que pedem por maiores direitos e exigem sua renúncia. Mas Washington tem opções limitadas para influenciar a situação.
"Queremos ver uma transição ordenada para que ninguém preencha um vazio, para que não haja um vazio, que haja um plano muito bem pensado que traga um governo democrático e participativo", disse Hillary ao programa "Fox News Sunday".
Hillary sinalizou que o governo norte-americano não pretende alterar a ajuda anual destinada ao governo egípcio --1,5 bilhão de dólares, a maioria usada pelo Exército.
"Não há discussão neste momento sobre cortar a ajuda", disse ela ao programa "This Week", da rede de TV ABC. Ela acrescentou, no entanto, que "estamos sempre analisando e revisando nossa ajuda".
Ela classificou as eleições presidenciais previstas para setembro como uma conjuntura crítica. "Queremos ver eleições livres e honestas e esperamos que seja um dos resultados do que está acontecendo agora", disse Hillary em entrevista ao programa "Meet the Press", da rede de TV NBC.
Hillary classificou a nomeação do chefe de inteligência Omar Suleiman como vice-presidente, no sábado, como "apenas o início" de uma reforma política, mas insistiu que há mais a ser feito.
(Reportagem adicional de Richard Cowan, Eric Beech, Steve Holland e Will Dunham)
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